Veja como é o tratamento e descubra que é possível ter uma dieta balanceada e sem glúten
Comprovado cientificamente e de acordo com o comportamento dos seres humanos estudados pela área da psicologia está definido que o ato de se alimentar é um dos grandes prazeres que encontramos na vida. Até esse momento tudo flui bem. Porém, quando esse prazer por algum motivo é afetado, pode nos trazer uma gama de traumas, depressões, duvidas e claro infelicidade. Antigamente quando era diagnosticada alguma alteração genética ou alguma falha no organismo como resposta a inconsequências nossas por falta de cuidados com a saúde, tudo era novo, desesperador e muitos acreditavam nem poder levar uma vida tranquila.
Atualmente, graça a estudos e tecnologias, mesmo após a descoberta de alguma enfermidade que teremos que nos tratar por toda a vida é possível sim viver muitos anos. E o que é melhor, com qualidade de vida.
Hoje falaremos da doença celíaca. Mas o que é e o que ocasiona a doença celíaca?
A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten que acomete indivíduos com predisposição genética. Geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida (na introdução de alimentação à base de papinhas engrossadas com cereais proibidos, com bolachas, pão, sopinhas de macarrão), podendo surgir em qualquer idade, inclusive no adulto. Mas para continuarmos, precisamos relembrar o que é o glúten. O glúten é uma proteína presente no trigo, na aveia, na cevada e no subproduto da cevada, que é o malte, no centeio e em todos os alimentos e produtos preparados com esses cereais. Ele agride e danifica as vilosidades do intestino delgado prejudicando a absorção dos nutrientes dos alimentos.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa mas em geral são caracterizados por diarreia crônica, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, anemia, consequentemente perda de peso, atraso no crescimento, irritação e apatia.
O tratamento dos celíacos é a isenção total do glúten na dieta por toda a vida, incluindo os cereais proibidos que, como o glúten, não podem ser ingeridos nem um pouquinho. E daí vem a pergunta: – Mas doutor, e agora? Para o resto de minha vida, eu não poderei mais comer pão, macarrão, pizza, bolo, biscoito, bolacha, salgadinho, tomar cerveja ou whisky?
Se no preparo estiver adicionado o glúten, a resposta é sim mas se for feito de forma especial sem essa proteína, a resposta é não.
A maioria dos alimentos que estamos acostumados a comer possui certa quantidade de glúten. Mas é como comento em consultório: qualquer dieta requer um sacrifício, e para o celíaco não é diferente. O ideal é se reeducar. É como uma dieta de emagrecimento, ao invés de tomar leite integral trocar por desnatado (o que muitos acham difícil no inicio, mas depois da adaptação não vivem sem ele). O intolerante ao glúten terá que aprender a substituir seus alimentos com glúten pelos que não possuem, aprender e criar receitas sem glúten.
Hoje estão crescendo os comércios especializados que comercializam produtos para esse grupo. São preparados para bolos, doces, farinhas além dos produtos prontos, pães, bolos, tudo sem glúten.
Se você descobriu ou tem suspeitas de ser um intolerante ao glúten devido aos sintomas, procure um especialista, médico ou nutricionista que irá solicitar os exames e fazer uma análise. Jamais se subestime por isso, pelo contrário. Levante a cabeça e corra atrás das lojas especializadas nos produtos sem glúten e crie você mesmo suas receitas, programe sua alimentação. Muitos intolerantes encontraram através disso sua sobrevivência.