ALERGIA IGE MEDIADA CONTRA SÊMEN HUMANO
Hipersensibilidade ao sêmen humano deve ser diferenciado de outras reações alérgicas ao látex, agentes espermaticidas, anestésicos locais ou componentes de lubrificantes. Este artigo de revisão discute as reações alérgicas Ig E mediadas (tipo I) a componentes específicos do plasma seminal. Estas ocorrências são raras, apesar de um número considerável de casos não serem reportados. Desde a primeira publicação em 1958, a alergia ao plasma seminal humano tem sido mais diagnosticada e aproximadamente 80 casos foram descritos. A maioria das mulheres afetada tinha menos de 40 anos e apresentavam história familiar de atopia. A anafilaxia aos componentes do plasma seminal não está sempre associada com infertilidade. As queixas ocorrem imediatamente ou após 1 hora após o contato com o plasma seminal. Reações locais incluem pruido, queimação, eritema e edema da região vulvar ou outros locais de contato do esperma. Reações sistêmicas como dispnéia, disfagia, queixas rinoconjuntivais, urticária generalizada, angioedema, sintomas gastrintestinais, exacerbação de eczema atópico existente ou choque anafilático foram experimentadas. Recentemente, foi reportado que anafilaxia ao plasma seminal humano pode se apresentar como síndrome da "vestibulite vulvar" ou "síndrome do sêmen ardente". Estes sintomas podem ocorrer durante a primeira relação sexual. O diagnóstico da alergia ao plasma seminal humano é baseada na história, demonstração de anticorpos IgE específicos em testes sorológicos e de contato. As opções terapêuticas incluem evitar o alérgeno através de preservativos e tentativas de desensibilização.
Fonte: Weidinger S, Ring J, Kohn FM. Chem Immunol Allergy. 2005;88:128-3.
Fonte:
http://www.colposcopiasp.org.br/boletim4.php