Escova Progressiva, escova definitiva, escova inteligente… Desvendamos o que você tem na cabeça
Alessandra Siedschlag e Ana Paula Xavier
Quais as diferenças entre os vários tipos de escovas existentes nos salões?
Segundo os hair stylists Bruno Lemes (MG Hair) e Marcelo Comino (Jacques & Janine), os princípios são sempre os mesmos: formol, amônia, hidróxido de sódio, guanidina etc. O que muda são as concentrações de cada um. A escova definitiva dura seis meses, sua base é amônia pura, e é a mais cara. "Algumas pessoas utilizam, na definitiva, guanidina. Eu uso guanidina nas defrisagens, que seriam um intermediário entre relaxamento e definitiva. E, em alguns casos, fica tão perfeita e duradoura quanto a definitiva", diz Marcelo.
Escova de chocolate, escova de leite, escova de morango… tudo igual?
Os princípios ativos são os mesmos, o que muda é a essência colocada no produto, que lhe dá o nome e a característica de tratamento. O chocolate é oleoso e é indicado para cabelos mais secos, o leite tem proteínas, e assim por diante.
E a escova inteligente?
A promessa da escova inteligente é ser um tratamento sem formol algum, que alisa os cabelos sem deixá-los "chapados", e recomendados pelos salões para dar movimento, força e brilho. Acontece que, se não tem formol, precisa ter outro princípio ativo – geralmente, a amônia, numa concentração baixa, o que a deixa, certamente, mais suave que uma definitiva ou uma progressiva. Fato é que cada salão trabalha com uma marca e uma formulação diferente, sempre guardada a sete chaves – e muitos cabeleireiros acabam indicando esta escova como "uma escova sem química", o que não é verdade.
Como eu devo escolher o tipo de escova?
Bruno ensina: "Um bom diagnóstico dos fios é a certeza do melhor resultado, e deve ser feito por um profissional, que vai ver o cabelo é muito crespo, se tem uma leve ondulação, se é liso etc. Depois analisa se é natural, se já tem algum tipo de química. Por fim, verifica a condição do fio (saudável, poroso etc.). É a partir daí que se decide o tipo de produto a ser usado".
Quais os cuidados que eu tenho que ter depois de fazer uma escova?
Seja qual for o tipo de escova aplicado, você deve lavar sempre seus cabelos com um xampu adequado ao seu tipo, e sempre sem sal – e nunca xampu anti-resíduos. Recomenda-se também usar um leave-in depois de lavar. E hidratação, a cada 15 dias. As escovas "selam" os fios, mas só a hidratação os trata por dentro.
Quais os problemas que uma escova mal-feita pode causar?
Inúmeros. Desde um leve ressecamento nos fio e ardência no couro cabeludo, passando por uma irritação na pele, olhos, boca, até escamação, ferimentos no couro cabeludo e em casos mais graves prejuízo ao bulbo capilar. Nestes casos, deve-se consultar imediatamente um dermatologista.
E se der errado?
Calma. Dá pra, por exemplo, cauterizar o cabelo logo em seguida. Pode ocorrer de a cliente não falar a base que está usando – se o profissional percebe que a escova não vai ficar boa, deve aplicar imediatamente um produto com pH baixo, que vai dar um "choque" no cabelo, enrijecendo o fio e interrompendo o processo da escova. Se você perceber em casa que seu cabelo ficou ressecado, enquanto não volta ao salão para hidratar pode "dar o truque" com sérum, que vai selar os fios e disfarçar (e não resolver) o problema. Só um bom profissional pode entender o que aconteceu e solucionar.
Atenção: Uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado da Saúde (SP) recentemente apontou que 52% dos alisantes vendidos no Estado foram reprovados. Isso quer dizer que mais da metade dos produtos disponíveis para venda ou nos salões de beleza do estado colocam em risco a saúde das consumidoras. Consulte sempre um bom profissional: essa é a garantia de um resultado saudável e confiável.
Fonte: http://beleza.ig.com.br/noticia/2008/09/25/raio_x_das_escovas_1936635.html
